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terça-feira, 29 de junho de 2010

SEXTA FEIRA DA XII SEMANA DO TC – 25.06.10



REUNIÃO DO CONSELHO PERMANENTE DA CNBB
O trecho do evangelho agora proclamado, faz parte da sessão narrativa de Mateus, com o início do ciclo dos dez milagres. Os acontecimentos estão colocados de tal modo que formam uma introdução ao discurso missionário de Jesus que encerra essa parte do evangelho de Mateus.
O uso da palavra “lepra”, como há pouco ouvimos, pode causar estranheza pela carga negativa e pelo sentido discriminatório que a expressão carrega consigo. Mas, como sabemos, a palavra “lepra”, usada de forma imprecisa na Bíblia, indica doenças de pele, não bem especificadas. Entretanto, no contexto em que nos colocamos, o tipo de doença é irrelevante para o que concerne ao caráter miraculoso da cura narrada por Mateus.
“Eu quero, fica limpo” (Mt 8,3) disse Jesus estendendo a mão e tocando no doente. O evangelista retoma a palavra que o doente havia dirigido a Jesus: “Senhor, se queres, tu tens poder de me purificar! (Mt 8,2). O pedido do doente e a pronta resposta de Jesus colocam em evidência a fé do enfermo e o poder que tem o Senhor de curar. A ordem dada por Jesus de mostrar-se ao sacerdote e fazer a oferta prescrita por Moisés faz parte das determinações contidas no livro do Levítico (Lv 14, 2-9).
O milagre realizado por Jesus é sinal de sua missão libertadora. Remete-nos à cura e purificação que ele realiza em nós, especialmente pela graça sacramental. Pelo Batismo somos purificados, regenerados e libertados do pecado. Tornamo-nos nova criatura (2 Cor 5,17). Ensina-nos o Catecismo da Igreja Católica: “Pelos sacramentos da iniciação cristã o ser humano recebe a vida nova de Cristo. Ora, esta vida nós a trazemos ‘em vasos de argila’ (2Cor 4,7). Agora, ela se encontra ‘escondida com Cristo em Deus (Cl 3,3). Estamos ainda em ‘nossa morada terrestre’ (2Cor 5,1), sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta nova vida de filho de Deus pode se tornar debilitada e até perdida pelo pecado. O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação” (cf. CIgC 1420 e 1421).
A cura do leproso nos leva a pensar na purificação que Cristo realiza em nós quando nos liberta da terrível lepra do pecado que é sempre uma ofensa a Deus, ruptura de comunhão com o Pai e com sua família que é a Igreja. Jesus instituiu o sacramento da Penitência para todos os que perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. Este sacramento, como diz Tertuliano, é “a segunda tábua de salvação depois do naufrágio que, é a perda da graça”. Concedendo aos apóstolos seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor lhes dá também a autoridade de reconciliar os pecadores com a Igreja.
O Catecismo da Igreja Católica também nos ensina que a comunhão eucarística afasta-nos do pecado. “O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é ‘entregue por nós’, e o Sangue que bebemos é ‘derramado para remissão dos pecados. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados futuros” (CIgC, 1393).
Diz-nos Santo Ambrósio: “Toda vez que o recebermos, anunciamos a morte do Senhor (1Cor 11,26). Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se toda vez que o seu Sangue é derramado, o é para a remissão dos pecados, devo recebê-los sempre, para que perdoe sempre os meus pecados” (in CIgC, p. 334).
Renovamos o pedido que fizemos na oração do dia: Que o Senhor nos dê, por toda a vida, a graça de amá-lo, pois ele nunca deixa de conduzir os que ele mesmo firma no seu amor.
 
Homilia de Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana e Presidente da CNBB, por ocasião da reunião do Conselho Permanente, em Brasília, aos 25 de junho de 2010.


















sábado, 26 de junho de 2010

ENCONTRO DE CATEQUESE EM BRASÍLIA

O tema da Iniciação Cristã é desdobramento de
Vaticano II – Evangelii Nuntiandi
Catechesi Tradendae 1977
Diretório Geral p/ Catequese - 1997
Diretório Nacional de Catequese 2001-2006
Aparecida 2007
Diretrizes Gerais da CNBB 2008-2011
Brasil na Missão Continental 2008... e outros...
A tema "Iniciação
à Vida Cristã" foi tema
prioritário da 47a. AG da CNBB
e da 3a. Sem. Bras. de Catequese
Fala-se que é um dos possíveis
temas do próximo Sínodo dos Bispos
A INICIAÇÃO SÓ CABE NUM
MODELO DE IGREJA
MISSIONÁRIO - EVANGELIZADORA
NOSSA CATEQUESE ATUAL APESAR DE GRANDES RENOVAÇÕES
provém de um modelo de Cristandade
e não responde mais à nossa época.
Daí a exigência de uma mudança de paradigmas e não apenas algumas alterações... (maquiagem...)
Descompasso entre a
Prática sacramental – ministério dos Sacramentos
E a Evangelização – Pregação – Catequese – ministério da Palavra
Iniciação Cristã:
Processo pelo qual alguém é incorporado ao mistério de Cristo Jesus;
não se reduz à catequese, que é um elemento muito importante do complexo processo pelo qual alguém é iniciado na fé cristã.
Iniciação Cristã:
Teologicamente falando a verdadeira iniciação se dá na celebração (recepção) dos sacramen-tos do Batismo, Eucaristia e Crisma
chamados justamente, a partir do século XIX, de Sacramentos da Iniciação.
Trata-se de uma iniciação que poderíamos chamar de sacramental ou ontológica.
Pela doutrina do “ex opere operato”
ou seja, uma vez realizado o sacramento com fé e com todos os requisitos canônico-litúrgicos, realiza-se o efeito salvífico significado pelo rito sacramental,
a Igreja professa que todo batizado é verdadeiramente incorporado em Cristo Jesus e começa a fazer parte de seu Corpo Místico, do Povo de Deus, da Igreja.
A expressão iniciação cristã
passou a significar todo o processo pós-batismal percorrido para se chegar a esta profunda realidade da fé do ponto de vista experiencial e existencial.
É a iniciação que, uma vez realizada sacramentalmente, faz com que a pessoa se conscientize,
assuma e viva plenamente essa maravilhosa realidade da vida divina comunicada pelo mergulho (batismo) no mistério pascal de Cristo Jesus.
O Catecumenato
A história nos ensina que a partir do II século, o catecumenato foi o grande caminho e processo de difusão e comunicação da fé cristã.
Ele foi-se estruturando e tornou-se uma das mais eficazes práticas pastorais de toda a história bimilenar da Igreja.
Através de uma robusta e intensa prática evangelizadora,
de formação moral-doutrinal (catequese)
e litúrgico-celebrativa (liturgia)
as comunidades cristãs preparavam cristãos verdadeiramente fiéis, praticantes, destemidos e corajosos
a ponto de enfrentarem o martírio provocado pelas intimidadoras e apavorantes perseguições do Império Romano .
Catecumenato
como processo Iniciático
que hoje se quer recuperar.
Importância do conceito de
Mistério... ação de Deus.
Mística – Espiritualidade.
Iniciação (processo místico) x
aprendizado escolar, curso...
designa propriamente o
2o. Tempo do processo
mas se aplica
impropriamente a
todo o processo que
deveria ser chamado de
Iniciação à Vida Cristã
Com o RICA e
outros documentos
popularizo-se a expressão
Iniciação Cristã.
Cuidado para não
desgastar esse conceito
Neo-catecumenato:
distinção, limites
e valores.








ENCONTRO DE CATEQUESE EM BRASÍLIA-18 À 20/06/2010

"Catecismo da Igreja Católica afirma que o "homem é capaz de Deus" logo em seu primeiro capítulo, que se inicia assim: "O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar."  (Nº.27)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Pote Rachado Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço. - Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas. - Por quê? Perguntou o homem. - De que você está envergonhado? - Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: - Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho. De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: - Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado. Eu ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. E lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Sem você ser de jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua casa. MORAL DA HISTÓRIA: Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa de Seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os reconhecermos, eles poderão causar beleza. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças. Lembremo-nos sempre. (Autoria desconhecida)

2- A EDUCAÇÃO DE ADULTOS NA SAGRADA ESCRITURA

A Bíblia é um livro de adultos e para adultos. São os adultos que têm maior condição de refletir sobre o conjunto da mensagem e tomar decisões a partir da provocação da Palavra da Escritura. A Bíblia é texto essencial em catequese com adultos.

CONCLUSÃO.

2.1- A Revelação Bíblica e os adultos

A Bíblia é um livro escrito por adultos e para adultos.
Mostra o Itinerário de um povo que lê os sinais de Deus na sua história.
Nela os adultos mantêm vivas as tradições, transmitindo de geração em geração os fundamentos da fé (Sl 44. 78).
As festas são espaço de catequese, onde se prevê que o adulto seja o veículo da memória do fato celebrado (cf.: Êx 12,26-27).
As orações e recitações de relatos históricos são elementos importantes na educação da fé dos adultos.
O Shemá, “ouve, Israel”..., núcleo básico da fé de Israel, era rezado diariamente (Dt. 6,4-25) o Credo Histórico do povo de Deus (Dt.26,4-9). As advertências e consolações dos profetas são parte da formação dos adultos (cf. 2o Sm 12,1-14; Jr.7,1-15). Os Sapienciais mostram a diversidade de abordagens em livros escritos com óticas diferentes, conforme o contexto que querem responder .
A Bíblia trata do cotidiano com transparência e honestidade ao expor as fraquezas humanas de grandes figuras da fé.
Dentro dos limites da época e da cultura, promove o respeito à vida, chama à responsabilidade os adultos que precisam se posicionar diante da situação sócio-cultural em que vivem (cf. Dt.30,11-20).
O Novo Testamento mostra a formação dos adultos nas comunidades. Eram eles que se convertiam e levavam a família inteira à nova fé (cf. Lc 24, 13-35; Jo 4, 1-45; Lc 19,1-10; Mt 15, 21-31; At 8, 26-40; 10,1-48 ; 1Cor 11, 17-34 e outros).

Estas reflexões (que não pretendem ser completas) mostram que não se trata de colocar simplesmente a Bíblia na catequese com adultos e fazer a leitura de certos textos. Supõe que o agente saiba usar a Bíblia dentro de uma visão libertadora, dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso em nível pessoal, comunitário e social.

3- PERGUNTAS PARA AJUDAR NO APROFUNDAMENTO DO TEXTO

1. Quais as dificuldades encontradas na sua comunidade com o uso da Bíblia na catequese dos adultos e quais foram os resultados?

2. Dêem algumas propostas concretas que poderiam levar adiante essa questão na sua Diocese e no seu Regional.


BIBLIOGRAFIA
· Como nossa Igreja lê a Bíblia - CNBB - Paulinas – 1995.
· Crescer na Leitura da Bíblia- CNBB- Paulus, 2002
· A Bíblia na Catequese com Adultos - Revista Vida Pastoral de setembro-outubro 2001.
· A Bíblia na catequese - Inês Broshuis - Paulinas 2001.