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terça-feira, 31 de agosto de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

21º. Domingo do Tempo Comum – C – opção B


Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão.” As palavras de Jesus, neste domingo, parecem ser muito duras, mas devem ser bem interpretadas. Muitos cristãos, ainda hoje, utilizam-se de palavras “severas” da bíblia para impor a moralidade dos costumes, pela massificação da ameaça. Pregações deste gênero usam do medo como forma de coerção, afirmando que muitos serão condenados e que o mundo está inundado no pecado. Mesmo que os valores cristãos estejam cada vez mais ausentes ou pervertidos em nossa sociedade, a nossa postura jamais deve ser de condenação, de imposição. A liberdade é valor primordial a partir de onde se constrói a fé e a vivência cristã.
A primeira vista, poderíamos considerar que Deus seja severo, que deseje a salvação de um número de pequeno de escolhidos, já que o caminho para encontrá-lo é duro, estreito, árduo. Na verdade, Deus não deseja a condenação de ninguém, quer que todos se salvem. Jesus sugere que o banquete do Reino é para todos.
É preciso entender o contexto das palavras do Senhor: Jesus está respondendo aos judeus de sua época, que se achavam os escolhidos, os salvos. Consideravam que sua salvação estava garantida pela raça e pela prática dos costumes e da lei. Hoje a Palavra não nos coloca como justos e juízes do mundo; corremos o risco de nos considerarmos salvos porque pertencemos a Igreja ou a algum grupo, pastoral ou movimento. Podemos erroneamente achar que a nossa salvação está garantida por uma prática exterior da lei, que de algum modo já compramos o passaporte da salvação. Exatamente aqueles que estiveram junto de Jesus, comendo com Ele e ouvindo seus ensinamentos poderão estar reclamando a salvação: “Nós fomos a missa todo domingo, nós participamos de encontros e pregações, nós até fomos às festinhas da paróquia!” A resposta pode nos surpreender. Ninguém tem o passa-porte do Céu. A salvação é um dom. Ninguém se salva com garantias exteriores ou por pertencer a um grupo religioso.
Deus não é mesquinho. A salvação não depende de raça, de religião, de nacionalidade. Também ninguém pode julgar, a não ser o próprio Deus, pode ser juiz dos vivos e dos mortos. A religião não é um conjunto de regras para se chegar ao céu, mas a acolhida de um dom que nos garante a felicidade, construída passo a passo pelo auxílio da graça, até que este dom desabroche totalmente, seja pleno. A salvação é abertura que nos coloca a caminho, na humildade.
A porta estreita do Reino é a cruz de Cristo. Cristo já entrou e nos mostrou o caminho. Não nomeou nenhuma prática ou sinal exterior como garantia. A porta estreita são as exigências do Reino, ou seja, aquilo que nos dá a vida, a felicidade, a paz. Para se abraçar desde já este dom, faz-se necessário a renuncia do poder, da mesquinhez, do orgulho, do prazer pelo prazer, do julgamento, do coração apegado aos bens, da falta da misericórdia. A porta estreita é a renuncia de si mesmo, em busca de uma vida que se transforma em dom, e ali descobre o seu sentido.
A porta estreita é também o enfrentamento dos sofrimentos da vida. A ignorância religiosa faz com algumas pessoas considerem o sofrimento como castigo de Deus. Mas Ele não castiga. Deus não é culpado pelo sofrimento, mas o permite, pois somos limitados, seres em construção a caminho da comunhão divina. O sofrimento tem também um lado positivo: fortifica nossos passos vacilantes. A verdade trazida pela carta aos Hebreus é o sentido pedagógico do sofrimento: crescemos a partir da dor, a partir das perdas, quando compreendemos o quanto somos limitados, contingentes e que não somos donos de nada. A dor, não buscada como fim, mas como dado natural da existência nos edifica, faz-nos crescer. As dores da vida podem ser motivos de ação de graças, se formos capazes de olhar a história com os olhos de Deus.
Conferir a parábola do ferreiro: “Sabedoria em Parábolas” – p. 38/39.












quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Oração do Catequista

Oração do Catequista Senhor, chamaste-me a ser Catequista na Tua Igreja e na minha Paróquia. Confiaste-me , a missão de anunciar a Tua Palavra, de denunciar o pecado, de testemunhar, com a minha vida, os valores do Evangelho. É pesada, Senhor, a minha responsabilidade, mas confio na Tua graça. Faz-me Teu instrumento para que venha o Teu Reino, Reino de amor e de Paz, de Fraternidade e Justiça. Amém

CARTA DA CNBB PARA O DIA DO CATEQUISTA

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
Brasília‐DF, 24 de junho de 2010.
CAT‐C‐
Queridos/as Catequistas
Catequista, você é especial para Deus!
Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo.
O último domingo de agosto é o DIA DO CATEQUISTA. É com admiração, reconhecimento e gratidão que a Igreja celebra essa festividade. Celebrar o DIA DO CATEQUISTA é sempre uma GRAÇA,motivo de alegria e de reflexão mais profunda sobre o SER DO CATEQUISTA, sua vocação e missão na Igreja e sociedade. Sentimos ainda os “ECOS” e a chama da esperança que ardeu em nosso coração com a realização da Terceira Semana Brasileira de Catequese.
Sentimo‐nos movidos pela força do Espírito, que nos chama e envia, pelas intuições e propostas do tema da Terceira Semana Brasileira de Catequese: “Iniciação à Vida Cristã”. Nesse Espírito, celebrar o dia do Catequista tem um significado especial, pois são vocês, catequistas, os protagonistas, aqueles que fazem com que o processo de um NOVO JEITO DE FAZER CATEQUESE seja possível. Portanto, confiamos em cada um de vocês, com seus dons partilhados, junto com as forças vivas de toda a Igreja, as comunidades, as pastorais, os movimentos, para que a iniciação à vida cristã seja possível.
Ao celebrar o DIA DO CATEQUISTA queremos refletir sobre a vocação do catequista, que é a vocação do Profeta ‐ aquele/la que fala em nome de Deus e da comunidade a que pertence. A iniciativa sempre parte de Deus. O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra CATEQUESE, que vem do grego Katechein e quer dizer (fazer eco). Logo, catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor chama você para que, através da sua vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
Catequista, você não é só transmissor de idéias, conhecimentos, doutrina, pois sua experiência fundante está no ENCONTRO PESSOAL com a pessoa de Jesus Cristo. Essa experiência é comunicada pelo SER, SABER e SABER FAZER em comunidade (DNC 261).O ser e o saber do catequista sustentam‐se numa espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que o SENHOR está presente, é fiel.
Catequista, você é especial para Deus! Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo. Sabemos das dificuldades que enfrenta para realizar a sua missão, mesmo assim teimosa e dedicadamente prossegue neste peregrinar de partilha, de despojamento e aprendizagens.
Isso demonstra que você cultiva uma profunda espiritualidade alicerçada na Palavra, nos sacramentos, na vida em comunidade. É a experiência do discípulo missionário que vai se configurando na sua trajetória de avanços, desafios e alegrias. É a pedagogia divina, que se concretiza na sua vida permeada de fragilidades e grandeza, medos e coragem, HUMANA e HUMANIZADORA. É com a certeza da ação amorosa do Deus da Vida que você assume a missão de profeta que ouve o chamado de Deus: “Levanta‐te e Vai à Grande Cidade (Jn 1,2). Seu anúncio é traduzido em atitudes proféticas que testemunham os valores evangélicos, é o SER DO CATEQUISTA partilhado na sua inteireza, no serviço generoso, para que o REINO aconteça.
Catequista, que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios que o fazem crescer e acabam gerando profundas alegrias.
Catequista, nesse dia acolha o abraço de gratidão de milhares de pessoas, vidas agradecidas, pela sua presença na educação da fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz de uma forma única e original a vocação da Igreja‐Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé pela ação do Espírito.
Querido/a Catequista, PARABÉNS! Que a Força da Palavra, continue a suscitar‐lhe a fé e o compromisso missionário !
Que os sacramentos sejam a fonte inesgotável da misericórdia, da reconciliação, da justiça e do REENCANTAMENTO.
Que a comunidade continue sendo o referencial da experiência do Enconto com Cristo naqueles que sofrem, naqueles que buscam acolhida e necessitam ser “CUIDADOS”.
A benção amorosa do PAI, que cuida com carinho dos seus filhos e filhas, que um dia nos chamou a viver com alegria a vocação do discípulo missionário, esteja na sua vida, na vida da sua comunidade hoje e sempre.
Fraternalmente,
Dom Eugênio Rixen



sábado, 7 de agosto de 2010

19º. Domingo do Tempo Comum - C

“A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera a convicção acerca das realidades que não se vêem” (Hb 11,1). O Papa Bento XVI em sua encíclica Spe salvi (7) nos diz que a melhor tradução seria “a fé é a substância das coisas que se esperam”, ou seja, a fé nos dá uma concretude da esperança: “poderíamos dizer ‘em gérmen’ e portanto segundo a ‘substância’ – já estão presentes em nós as coisas que se esperam: a totalidade, a vida verdadeira”. De fato, sem a esperança a fé não tem sentido. Não nos serve um acreditar em Deus se não esperamos deste Deus: sua graça, sua vida, a glória. A fé unida à esperança é combustível para ultrapassar nossos limites, para não estagnar diante dos fracassos. É viver a partir da convicção de que a vida se renova a cada dia, de que mesmo diante das tristezas deste mundo, sempre se pode esperar a ação divina que transforma a situação; viver animado pela certeza de que Deus vence no final.
A fé antecipa o que virá, na dinâmica do Reino que é “já e ainda não”. Abraão e Saara não viram a promessa realizada (2ª. Leitura). Somente viram um sinal que antecipava a grande promessa de descendência – o filho Isaac. O nosso Isaac é o que vemos do Reino em meio dos limites da existência: o sorriso da criança, a fraternidade das pessoas, a hospitalidade, a palavra pregada, a Igreja, a Eucaristia. Cremos em Deus e esperamos que Ele seja a solução da história; esperamos no mundo novo, mesmo testemunhando as maldades deste mundo. Parece que quanto mais o tempo passa, mais testemunhamos o quão longe o ser humano pode chegar quão grande são as injustiças e que mesmo as instituições e as pessoas em que acreditávamos são capazes de sucumbir diante do mal. A nossa fé é provada diante das aparentes derrotas do Reino.
A fé não é um conjunto de verdades assimiladas; os homens e mulheres que crêem em Deus correm o risco de viver a partir de verdades e normas que escravizam a vida humana. A fé é um combustível que tem o poder de transformar a nossa vida. O Evangelho chama este modo de viver de vigilância, enfatizando que “o Senhor virá como um ladrão”. Vigilância significa desprendimento (Lc 12,33-34): já vimos no domingo passado que os bens deste mundo não nos completam. Deus o quer despojado, porque como cristão devemos ser sinais de que este mundo passa, de que há algo maior, de que a glória é infinitamente maior que qualquer prazer desta terra. Clemente Romano chama os cristãos de paroichoi – paroquianos. Os paroquianos eram aqueles que viviam em um território estranho por algum tempo e, depois, iam embora, ou seja, eram peregrinos. O cristão é peregrino (um estrangeiro) deste mundo, porque experimenta a alegria da pátria verdadeira que ainda está por vir. Não despreza este mundo, seus valores, suas alegrias, seus prazeres, seus tesouros. Por outro lado, não se deixa seduzir pelas falsas riquezas, prazeres e tesouros. Relativiza tudo, sabe que tudo passa, que tudo se fará novo. Este é o caminho para experimentar antecipadamente o Reino que virá. Vigiar, portanto, significa colocar “mãos à obra”. Cingir os rins (Lc 12,37) é atitude do servo. O judeu dobrava a barra da túnica e cingia os rins a fim de estar mais livre para o serviço necessário. O cristão procura despojar-se do que atrapalha para estar mais livre para servir, para trabalhar por um mundo novo. A vida de fé nos faz ir além de uma existência egoísta que conduz ao investimento das forças no acúmulo, no sucesso, no prazer... A vida deve ser consumida em vistas do que se espera. Ou seja, o Reino prometido é gradativamente conquistado e construído. Crer no mundo novo, onde as relações humanas são entendidas a partir da gratuidade das relações e do amor de Deus, deve nos mover a se empenhar na construção deste mundo aqui e agora.
Há quem muito foi dado, muito será exigido. Jesus nos deixa uma advertência, que o revela como um juiz justo, não um justiceiro. Lembremos que Jesus disse aos mestres que as prostitutas os precederiam no Céu. Seriam elas também mais dignas do que os mestres da fé de nossos dias? Quem recebeu a graça da palavra tem o dever de se empenhar mais pelo amor, pela verdade e pela justiça.

(Pe.Roberto Nentwig)

2- A EDUCAÇÃO DE ADULTOS NA SAGRADA ESCRITURA

A Bíblia é um livro de adultos e para adultos. São os adultos que têm maior condição de refletir sobre o conjunto da mensagem e tomar decisões a partir da provocação da Palavra da Escritura. A Bíblia é texto essencial em catequese com adultos.

CONCLUSÃO.

2.1- A Revelação Bíblica e os adultos

A Bíblia é um livro escrito por adultos e para adultos.
Mostra o Itinerário de um povo que lê os sinais de Deus na sua história.
Nela os adultos mantêm vivas as tradições, transmitindo de geração em geração os fundamentos da fé (Sl 44. 78).
As festas são espaço de catequese, onde se prevê que o adulto seja o veículo da memória do fato celebrado (cf.: Êx 12,26-27).
As orações e recitações de relatos históricos são elementos importantes na educação da fé dos adultos.
O Shemá, “ouve, Israel”..., núcleo básico da fé de Israel, era rezado diariamente (Dt. 6,4-25) o Credo Histórico do povo de Deus (Dt.26,4-9). As advertências e consolações dos profetas são parte da formação dos adultos (cf. 2o Sm 12,1-14; Jr.7,1-15). Os Sapienciais mostram a diversidade de abordagens em livros escritos com óticas diferentes, conforme o contexto que querem responder .
A Bíblia trata do cotidiano com transparência e honestidade ao expor as fraquezas humanas de grandes figuras da fé.
Dentro dos limites da época e da cultura, promove o respeito à vida, chama à responsabilidade os adultos que precisam se posicionar diante da situação sócio-cultural em que vivem (cf. Dt.30,11-20).
O Novo Testamento mostra a formação dos adultos nas comunidades. Eram eles que se convertiam e levavam a família inteira à nova fé (cf. Lc 24, 13-35; Jo 4, 1-45; Lc 19,1-10; Mt 15, 21-31; At 8, 26-40; 10,1-48 ; 1Cor 11, 17-34 e outros).

Estas reflexões (que não pretendem ser completas) mostram que não se trata de colocar simplesmente a Bíblia na catequese com adultos e fazer a leitura de certos textos. Supõe que o agente saiba usar a Bíblia dentro de uma visão libertadora, dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso em nível pessoal, comunitário e social.

3- PERGUNTAS PARA AJUDAR NO APROFUNDAMENTO DO TEXTO

1. Quais as dificuldades encontradas na sua comunidade com o uso da Bíblia na catequese dos adultos e quais foram os resultados?

2. Dêem algumas propostas concretas que poderiam levar adiante essa questão na sua Diocese e no seu Regional.


BIBLIOGRAFIA
· Como nossa Igreja lê a Bíblia - CNBB - Paulinas – 1995.
· Crescer na Leitura da Bíblia- CNBB- Paulus, 2002
· A Bíblia na Catequese com Adultos - Revista Vida Pastoral de setembro-outubro 2001.
· A Bíblia na catequese - Inês Broshuis - Paulinas 2001.