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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

“Não a violação dos direitos indígenas!”


 
Dia internacional dos povos indignas foi marcado por protestos e manifestos exigindo do governo federal o cumprimento dos direitos indígenas, nacionais e internacionais.
Assim os povos indígenas da região de Guajará-Mirim/Ro, realizaram nesta quinta-feira, 09 de agosto, Passeata e Ato público, pelas principais avenidas da cidade, sensibilizando a sociedade local quanto a truculência do governo Dilma em decretar leis que ferem os direitos indígenas garantidos na Constituição Federal de 1988 e tratados internacionais como a Convenção 169 da OIT e a Declaração Universal dos Direitos Indígenas da ONU.
Clamando pela não violação dos direitos indígenas os 24 povos da região, somando uma população de mais de 6.000 indígenas, exigem da União Federal:
  • a revogação imediata das Portarias 303 e 308 ambas da Advocacia Geral da União, de julho de 2012, cujo conteúdo é anticonstitucional, ferindo drasticamente os direitos garantidos;
  • cumprimento da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Declaração Universal dos Direitos Indígenas da ONU;
Repudiam e dizem não:
  • ao Projeto de Emenda Constitucional 215, bem como ao Projeto de Lei 1610, ambos tramitam no Congresso e modificam o exposto na Constituição Federal quanto a demarcação das terras e a liberação da exploração de minérios em terras indígenas;
  • a construção da hidrelétrica do Ribeirão, no Rio madeira, que afetará diretamente a todos os povos da região, que sofrem os impactos das Usinas do Jirau e Santo Antonio.
São 512 anos de massacre, extermínio e discriminações vividos pelos nossos povos nesse imenso Brasil, conquistamos direitos, resistimos e insistimos em manter nossos costumes e tradições, como povos diferentes que somos; mas, em pleno século XXI, no país democrático que somos, a Presidente Dilma, no abuso de seu poder, ditatoriamente decreta leis que põe em risco a nossa vida. A Portaria 303 em detrimento de nossos direitos, favorece aos latifundiários do agronegócio e aos projetos de desenvolvimento como as construções de hidrelétricas, hidrovias, ferrovias e extração de minérios. Pela nossa vida no presente e pelo futuro de nossos filhos e netos, exigimos a não violação de nossos direitos.Eva Canoé, coordeadora da OMIRAMOrganização das Mulheres Indígenas de Rondônia Sul do Amazonas e Noroeste do Mato Grosso.
Guajará-Mirim, 10 de agosto de 2012
Pastoral Indigenista/CIMI da Diocese de Guajará-Mirim/RO

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Encontro com a Coordenação da catequese & Catequistas


Dia 28 de Julho de 2012, reuniose mos com a coordenadora diocesana Eliza e Lilian coordenadora da Região Pastoral Sede, com assessora Marlene de Porto Velho. Somando total de 11 participantes, neste primeiro encontro no processo da elaboração da diretriz diocesana de 2012 a 2015.
Marlene trabalhou o que é diretriz, a colocação foi esclarecedora. Com a graça de Deus tivemos um grande avanço foi apenas o ponta pé inicial, outros encontros acontecerão.

Dia 29 de julho na Paróquia Nossa de Fátima, distrito de Nova Dimensão de Nova Mamoré. Encontro de Formação com assessora Marlene com o tema: Iniciação à Vida Cristã. Com a participação de 30 catequistas.
Marlene inicia perguntando “quando começou a catequese”? Com a presença de Pentecoste, a partir dai eles começaram anunciar a Boa Nova de Jesus.
Breve histórico da Iniciação à Vida Cristã.
  • 1. HISTÓRIA DA CATEQUESE
  • 2. Catequese: katá : algo que vem do alto echéo-ékos : o ato de fazer ecoar
  • 3. Catequese no começo do cristianismo: busca da identidade no meio do mundo pagão (sec. I - v) despertava para o seguimento de jesus cristo, como processo de conversão;
  • 4. Vivência fraterna na comunidade; celebração litúrgica centrada na partilha da palavra e do pão; cuidado com a vida dos necessitados
  • 5. Conteúdo central: pessoa de jesus cristo sua mensagem salvífica a missão de jesus
  • 6. Ser cristão comportava uma identidade específica, esta identidade incluía essencialmente a conversão a jesus cristo e se confirmava pela convivência cristã que passava ao convertido, conhecimentos cada vez mais profundos e amplos da fé, exigências e, sobretudo, estímulos de vivência dos valores cristãos.
  • 7. Catecumenato: preparava os candidatos à vivência na comunidade cristã, através da escuta da palavra, das celebrações do testemunho.
  • 8. Introduzia progressivamente na participação da vida cristã dentro da comunidade.
  • 9. Visava: compreender melhor a fé; deixar de lado os costumes pagãos; realizar um tempo de conversão e santificação
  • 10. Ii. A catequese na idade média: a identidade cristã gera a cristandade (sec. V - xvi) como a religião cristã foi imposta como oficial, todos eram, de certa forma, obrigados a acatá-la.
  • 11. As celebrações sairam das catacumbas e residencias e foram para as catedrais
  • 12. A sociedade se considerava animada pela religião cristã, que estabeleceu uma aliança entre o poder civil e o poder religioso. A catequese já não consistia tanto numa iniciação à comunidade de fé.
  • 13. A criança batizada vivia em total simbiose com uma sociedade, por “natureza cristã”, desde o colo da mãe, crescendo num contexto social “plenamente cristão”. A vida e a arte retratavam a mensagem cristã: escultura, pintura, música, teatro, vitrais, arquitetura, festas...
  • 14. A educação da fé se realizava pela participação numa vida social, profissional e artística marcada pelo religioso, num “ ambiente cristão” presente na sociedade inteira.
  • 15. Iii. A catequese na idade moderna: busca de identidade católica face ao protestantismo (do sec. Xvi ao vaticano ii) a catequese passou a valorizar mais a aprendizagem individual, na qual já não era tão marcante a ligação com a comunidade
  • 16. Catequese como instrução fatores: a) preocupação com a clareza e a exatidão das formulações doutrinais; b) descoberta da imprensa e a difusão das escolas; c) influência do iluminismo.
  • 17. A catequese sai da família e da igreja para ir ao meio escolar, como ensino obrigatório; o melhor cristão er aquele que mais sabia sobre religião e não aquele que se comprometia com a vida e a vivência da fé;
  • 18. A atenção era dada as crianças e não aos adultos; importante era a fidelidade às fórmulas valorizando a exatidão e a clareza do ensino doutrinal; o catecismo tornou-se um referencial de segurança sobre as questões de fé.
  • 19. A catequese passou a ser doutrina.
  • 20. Iv. Educação para a fé e a vida (do vaticano ii aos nossos dias) frente a uma catequese fria e teórica, é preciso voltar às fontes e apresentá-la com um novo rosto adequado para os nossos tempos após o vaticano ii, a igreja abre suas portas para o novo e renova sua presença no mundo como sinal do reino.
  • 21. Em 1983, a catequese ganha um grande impulso com o documento 26: “catequese renovada”.
  • 22. Catequese: “ é um processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé. Sua finalidade é a maturidades da fé, num compromisso pessoal e comunitário de libertação integral, que deve acontecer já aqui e culminar no reino definitivo” (cr 318)
  • 23. Características: leva em consideração a pessoa e a comunidade; a bíblia é o livro fonte; o adulto é o principal destinatário; centralizada no segmento de jesus cristo; privilegia a opção pelos pobres.

2- A EDUCAÇÃO DE ADULTOS NA SAGRADA ESCRITURA

A Bíblia é um livro de adultos e para adultos. São os adultos que têm maior condição de refletir sobre o conjunto da mensagem e tomar decisões a partir da provocação da Palavra da Escritura. A Bíblia é texto essencial em catequese com adultos.

CONCLUSÃO.

2.1- A Revelação Bíblica e os adultos

A Bíblia é um livro escrito por adultos e para adultos.
Mostra o Itinerário de um povo que lê os sinais de Deus na sua história.
Nela os adultos mantêm vivas as tradições, transmitindo de geração em geração os fundamentos da fé (Sl 44. 78).
As festas são espaço de catequese, onde se prevê que o adulto seja o veículo da memória do fato celebrado (cf.: Êx 12,26-27).
As orações e recitações de relatos históricos são elementos importantes na educação da fé dos adultos.
O Shemá, “ouve, Israel”..., núcleo básico da fé de Israel, era rezado diariamente (Dt. 6,4-25) o Credo Histórico do povo de Deus (Dt.26,4-9). As advertências e consolações dos profetas são parte da formação dos adultos (cf. 2o Sm 12,1-14; Jr.7,1-15). Os Sapienciais mostram a diversidade de abordagens em livros escritos com óticas diferentes, conforme o contexto que querem responder .
A Bíblia trata do cotidiano com transparência e honestidade ao expor as fraquezas humanas de grandes figuras da fé.
Dentro dos limites da época e da cultura, promove o respeito à vida, chama à responsabilidade os adultos que precisam se posicionar diante da situação sócio-cultural em que vivem (cf. Dt.30,11-20).
O Novo Testamento mostra a formação dos adultos nas comunidades. Eram eles que se convertiam e levavam a família inteira à nova fé (cf. Lc 24, 13-35; Jo 4, 1-45; Lc 19,1-10; Mt 15, 21-31; At 8, 26-40; 10,1-48 ; 1Cor 11, 17-34 e outros).

Estas reflexões (que não pretendem ser completas) mostram que não se trata de colocar simplesmente a Bíblia na catequese com adultos e fazer a leitura de certos textos. Supõe que o agente saiba usar a Bíblia dentro de uma visão libertadora, dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso em nível pessoal, comunitário e social.

3- PERGUNTAS PARA AJUDAR NO APROFUNDAMENTO DO TEXTO

1. Quais as dificuldades encontradas na sua comunidade com o uso da Bíblia na catequese dos adultos e quais foram os resultados?

2. Dêem algumas propostas concretas que poderiam levar adiante essa questão na sua Diocese e no seu Regional.


BIBLIOGRAFIA
· Como nossa Igreja lê a Bíblia - CNBB - Paulinas – 1995.
· Crescer na Leitura da Bíblia- CNBB- Paulus, 2002
· A Bíblia na Catequese com Adultos - Revista Vida Pastoral de setembro-outubro 2001.
· A Bíblia na catequese - Inês Broshuis - Paulinas 2001.